Beleza por dentro e por fora: a relação entre cirurgia plástica e saúde mental

Ailthon Luiz Takishima
Friedrich Nill By Friedrich Nill
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A cirurgia plástica, com suas promessas de transformações estéticas, tem se tornado cada vez mais comum e acessível. No entanto, como explica Ailthon Luiz Takishima, médico e cirurgião plástico, além das mudanças visíveis no corpo, esses procedimentos podem impactar profundamente a saúde mental dos indivíduos. A busca pela perfeição estética pode levar a um bem-estar melhorado ou, paradoxalmente, a uma série de questões emocionais complexas. 

Neste artigo, iremos explorar como a cirurgia plástica pode influenciar a saúde mental, destacando tanto os benefícios quanto os desafios associados a essas mudanças corporais.

Leia para saber mais!

Como a cirurgia plástica pode melhorar a autoestima?

Para muitos, a cirurgia plástica é uma oportunidade de corrigir características físicas que causam insegurança e desconforto. Melhorar a aparência pode levar a um aumento significativo na autoestima e na confiança. Estudos indicam que pessoas que passam por procedimentos estéticos frequentemente relatam uma sensação de realização e um aprimoramento geral na qualidade de vida. Ao se sentir mais confortável com sua aparência, os indivíduos podem experimentar uma maior satisfação com sua imagem e uma renovada sensação de bem-estar.

No entanto, de acordo com o médico Ailthon Luiz Takishima, a melhora na autoestima não é universal. Algumas pessoas podem não sentir a satisfação esperada após a cirurgia, especialmente se as expectativas forem irrealistas. A discrepância entre o resultado obtido e o idealizado pode levar a um sentimento de decepção e frustração. A autoestima, portanto, pode se tornar uma faca de dois gumes: enquanto alguns experimentam um impulso positivo, outros podem enfrentar uma crise de identidade e autoimagem.

Como a cirurgia plástica pode impactar a saúde mental a longo prazo?

Conforme alude o Dr. Ailthon Luiz Takishima, os efeitos da cirurgia plástica sobre a saúde mental podem variar com o tempo. Inicialmente, o procedimento pode trazer alegria e satisfação, mas mudanças prolongadas podem desencadear novos desafios emocionais. Por exemplo, a pressão para manter os resultados da cirurgia pode causar estresse e ansiedade. Além disso, os procedimentos estéticos podem levar a uma obsessão com a aparência, que pode agravar distúrbios alimentares e transtornos de imagem corporal.

Além disso, a recuperação pós-cirúrgica pode ser acompanhada de sentimentos de vulnerabilidade e frustração devido a possíveis complicações ou resultados inesperados. Esse período de adaptação pode revelar ou intensificar questões emocionais preexistentes, como a baixa autoimagem ou a ansiedade. A abordagem a longo prazo deve considerar não apenas os aspectos físicos, mas também a saúde mental, promovendo suporte psicológico e expectativas realistas.

Como o desejo constante por procedimentos pode afetar a saúde mental?

O desejo contínuo por procedimentos estéticos pode levar a um ciclo de insatisfação e busca incessante pela perfeição. Esse comportamento pode estar associado ao desenvolvimento de transtornos como a dismorfia corporal, onde a pessoa tem uma percepção distorcida de sua aparência. A busca por um padrão de beleza ideal pode criar um ciclo vicioso de procedimentos repetidos e insatisfação, afetando negativamente a saúde mental.

Além disso, a constante exposição a padrões de beleza nas mídias sociais e culturais pode exacerbar essa busca insaciável. A comparação constante com padrões muitas vezes inatingíveis pode levar a um sentimento de inadequação e baixa autoestima. Segundo o cirurgião plástico Ailthon Luiz Takishima, esse comportamento pode ser prejudicial, pois desloca o foco da aceitação pessoal e do bem-estar para uma obsessão com a imagem exterior.

Equilíbrio e compreensão: garantindo que a cirurgia plástica contribua para o bem-estar

Em conclusão, a cirurgia plástica pode ter um impacto significativo na saúde mental, trazendo tanto benefícios quanto desafios. Enquanto muitos experimentam uma melhora na autoestima e na qualidade de vida, outros podem enfrentar novas questões emocionais e psicológicas. É essencial abordar esses procedimentos com uma compreensão clara das expectativas e com suporte emocional adequado. 

Reconhecer e gerenciar o impacto da cirurgia plástica na saúde mental é crucial para garantir que as mudanças estéticas contribuam positivamente para o bem-estar geral. Assim, uma abordagem equilibrada e informada pode ajudar a promover um sentido saudável de autoaceitação e satisfação pessoal.

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